O que você precisa saber

A categoria de foodservice foi profundamente afetada pela pandemia de COVID-19 durante os períodos mais restritos de quarentena e mesmo agora, com a reabertura gradativa dos restaurantes, muitos brasileiros ainda não se sentem confortáveis em comer no interior ou exterior de restaurantes. É importante que a categoria tenha em mente que alguns novos hábitos e demandas que cresceram neste período deverão continuar fazendo parte das preferências e impactando as escolhas dos consumidores mesmo após a pandemia. Entre eles estão o maior uso de serviços de delivery, maior preocupação com a higiene e aumento da adoção de hábitos alimentares mais saudáveis, bem como uma crescente demanda por ações sustentáveis e de suporte a comunidade local que devem passar a impactar cada vem mais a categoria em longo prazo.

Principais pontos deste relatório

  • Impacto da COVID-19 na categoria de foodservice no Brasil

  • Hábitos e atitudes do consumidor brasileiro em relação ao foodservice

  • Consumo e percepções dos brasileiros por tipo de restaurante

  • Como mudou a frequência de pedidos de delivery e alimentação fora de casa dos brasileiros durante a pandemia de COVID-19

  • Conforto e frequência dos brasileiros em comer dentro e fora de restaurantes e bares durante a pandemia

  • Hábitos e expectativas que os consumidores pretendem manter mesmo após a pandemia de COVID-19

  • Demandas e interesses dos consumidores que seguem dietas saudáveis

Definição

Este Relatório tem como principal objetivo analisar os hábitos de alimentação em estabelecimentos alimentícios dos consumidores brasileiros, incluindo ocasiões em que realizam esse tipo de refeição e fazem pedidos de entrega em domicílio, considerando suas atitudes, comportamentos, hábitos de gastos e preferências dentro da categoria de foodservice.

COVID-19: contexto de mercado

Este Relatório foi finalizado em 4 de janeiro de 2021. Diante de um cenário em que o número de casos de COVID-19 voltou a aumentar em diversos estados brasileiros, algumas medidas restritivas voltaram a ser adotadas em nível estadual e federal. No momento em que este Relatório é finalizado as ordens de quarentena e restrições permanecem extremamente variadas em todo o país, dependendo da avaliação dos governadores sobre a pandemia e os indicadores de saúde estaduais.

Em 4 de fevereiro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro declarou emergência nacional no Brasil. O primeiro caso de COVID-19 foi confirmado no Brasil em 26 de fevereiro de 2020. Em 11 de março a Organização Mundial da Saúde declarou a COVID-19 uma pandemia global de saúde, e, em 21 de março, São Paulo, a cidade com o maior número de casos confirmados, decretou quarentena.

Em todo o Brasil, os pedidos estaduais de quarentena foram realizados entre março e junho de 2020. Após esse período, negócios não essenciais como restaurantes, salões de beleza e shopping centers foram reabertos com restrições em diferentes estados. Também retornaram seu funcionamento, com restrições, áreas de lazer como parques e orlas marítimas. No estado de São Paulo, apesar da autorização de reabertura dada pelo governo estadual para instituições do ensino infantil ao superior, prefeituras têm autonomia para definir a volta às aulas. Na rede estadual, somente EJA e o ensino médio retomaram as aulas até agora.

No dia 2 de novembro o governo do estado de São Paulo anunciou o retorno à fase amarela, que não preconiza o fechamento de comércio ou das escolas estaduais, mas que restringe o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais e proíbe eventos em que o público fique de pé. Em 12 de novembro de 2020 foi publicada no Diário Oficial uma portaria que prorrogou por 30 dias a restrição da entrada no Brasil de estrangeiros de qualquer nacionalidade por rodovias, por outros meios terrestres ou por transporte aquaviário. Segue como obrigatoriedade, em diversas cidades e estados, o uso de máscaras faciais em ambientes externos e de grande circulação.

No dia 7 de dezembro, o governo do estado de São Paulo anunciou seu plano de vacinação gratuita contra a COVID-19 a partir de janeiro de 2021. O governo federal também já havia anunciado um plano de imunização sem uma data exata, mas com previsão de início entre março e junho de 2021. A imunização total da população ainda deve se estender ao longo de todo o ano de 2021. Apesar da divulgação desses planos, nenhuma vacina foi aprovada pela Anvisa, órgão regulador brasileiro até o momento em que esse Relatório foi finalizado. Entre o período de Natal e pós-ano novo, o estado de São Paulo voltou à fase vermelha, em que serviços não essenciais tiveram de permanecer fechados nos dias 25/12 a 27/12/20 e reabriram em 1, 2 e 3 de janeiro de 2021. Isso mostra que ainda é incerto como os estados e cidades poderão responder ao crescimento dos casos de COVID-19 e crescimento da ocupação dos leitos nos hospital até o momento em que haja a vacinação.

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