O que você precisa saber

O internauta brasileiro sempre adotou de maneira rápida e massiva as novas redes sociais que foram surgindo. Apesar de haver alguma variação de acesso e preferência entre os diferentes perfis demográficos e estilos de vida, como o TikTok ter mais sucesso entre as gerações mais jovens e pais de filhos jovens, por exemplo, e o LinkedIn entre os usuários mais velhos. No Brasil, já faz alguns anos que ter acesso à internet é praticamente sinônimo de utilizar o WhatsApp.

O uso extensivo das redes sociais pelo brasileiro promove um uso criativo das redes, tanto pelos usuários quanto pelas marcas, que passaram a adotar a rede para diversos fins de entretenimento, de realização de compras, de ativismo, com fonte de informação, organização de eventos com familiares e amigos, especialmente durante o isolamento social, entre outros. Entretanto, a alta exposição ao conteúdo das redes também motiva muitos usuários brasileiros a demandar por conteúdos mais reais e a questionar os potenciais impactos negativos que essa exposição possa ter em sua saúde mental e emocional.

Principais pontos deste Relatório

  • Como pandemia de COVID-19 impactou as atitudes e hábitos dos brasileiros nas redes sociais

  • Com quais categorias de marcas e produtos os brasileiros interagem nas redes sociais e como é essa interação

  • O que motiva os usuários a comprar produtos e serviços diretamente nas redes sociais

  • Que tipo de conteúdo e posicionamento os brasileiros esperam das marcas e empresas nas redes sociais

  • Como a ‘cultura do cancelamento’ e a preocupação com a alta exposição às redes sociais e seu impacto na saúde mental/emocional afetam a percepção dos usuários

Definição

Este Relatório identifica aspectos gerais sobre hábitos e atitudes dos brasileiros em relação às redes e mídias sociais: como as utilizam, como interagem com outros usuários, marcas e produtos e quais os tipos e temas de conteúdo que mais lhes interessam nessas redes.

Para os fins deste Relatório, foram utilizadas as seguintes definições de mídia social e redes sociais, frequentemente usadas como sinônimo:

  • Qualquer mídia social e redes sociais cuja principal função seja a interação entre os usuários. Exemplos abrangidos pela definição da Mintel incluem: Facebook, Twitter, WhatsApp, TikTok, LinkedIn e outros.

  • Qualquer mídia social e redes sociais cuja principal função seja compartilhar mídia com outros usuários. Exemplos abrangidos pela definição da Mintel incluem: Instagram, Pinterest, YouTube entre outros.

COVID-19: contexto de mercado

Este Relatório foi finalizado em 07 de dezembro de 2020. Diante de um cenário em que o aumento no número de casos de COVID-19 voltou a aumentar em diversos estados brasileiros, algumas medidas restritivas voltaram a ser adotadas em nível estadual e federal. Em 12 de novembro de 2020 foi publicada no Diário Oficial uma portaria que prorrogou por 30 dias a restrição da entrada no Brasil de estrangeiros de qualquer nacionalidade por rodovias, por outros meios terrestres ou por transporte aquaviário. Já no estado de São Paulo, no dia 2 de novembro, foi anunciado o retorno à fase amarela, que não preconiza o fechamento de comércio ou das escolas estaduais, mas que restringe o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais e proíbe eventos em que o público fique de pé. Segue como obrigatoriedade, em diversas cidades e estados, o uso de máscaras faciais em ambientes externos e de grande circulação.

Em 4 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro declarou emergência nacional no Brasil. O primeiro caso de COVID-19 foi confirmado no Brasil em 26 de fevereiro de 2020. Em 11 de março a Organização Mundial da Saúde declarou a COVID-19 uma pandemia global de saúde, e, em 21 de março, São Paulo, a cidade com o maior número de casos confirmados, decretou quarentena.

Em todo o Brasil, os pedidos estaduais de quarentena foram realizados entre março e junho de 2020. Após esse período, negócios não essenciais como restaurantes, salões de beleza e shopping centers foram reabertos com restrições em diferentes estados. Também retornaram seu funcionamento, com restrições, áreas de lazer como parques e orlas marítimas. No estado de São Paulo, apesar da autorização de reabertura dada pelo governo estadual para instituições do ensino infantil ao superior, prefeituras têm autonomia para definir a volta às aulas. Na rede estadual, somente EJA e o ensino médio retomaram as aulas até agora. No momento em que este Relatório é escrito, essas ordens permanecem extremamente variadas em todo o país, dependendo da avaliação dos governadores sobre a pandemia e os indicadores de saúde estaduais.

No dia em que este Relatório foi finalizado, 7 de dezembro, o governo do estado de São Paulo anunciou seu plano de vacinação gratuita contra a COVID-19 a partir de janeiro de 2021. O governo federal também já havia anunciado um plano de imunização sem uma data exata, mas com previsão de início entre março e junho de 2021. Apesar da divulgação desses planos, nenhuma vacina foi aprovada pela Anvisa, órgão regulador brasileiro até o momento.

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