O que você precisa saber

A pandemia de COVID-19 trouxe muitos desafios para os brasileiros, fazendo com que muitos aumentassem o consumo de doces e sobremesas como uma forma de lidar com a ansiedade. Isso proporcionou oportunidades a produtos extremamente indulgentes e àqueles com benefícios à saúde mental adicionados. Além disso, com parte dos brasileiros passando mais tempo em casa, as oportunidades para lanchinhos e snacks durante o dia também aumentaram, favorecendo doces e sobremesas em pequenas porções. Por outro lado, a alimentação saudável ganhou maior prioridade para um grande número de brasileiros, o que pode ser uma barreira para a ingestão de doces e sobremesas. Opções de produtos com ingredientes saudáveis e adoçados com opções de adoçantes mais associados à saudabilidade podem crescer nesse cenário. Por fim, a crise econômica continua impactando severamente a renda de parte considerável da população, o que tem estimulado o hábito de preparar doces e sobremesas em casa como forma de economizar dinheiro, abrindo uma oportunidade para produtos que ajudem o consumidor nesse processo.

Principais pontos deste Relatório

  • Como a COVID-19 mudou os hábitos de consumo de doces e sobremesas dos brasileiros

  • Ocasiões de consumo por tipos de doces e sobremesas

  • Percepção sobre diferentes tipos de açúcares e adoçantes

  • Interesse dos consumidores em doces e sobremesas

Definição

Este Relatório explora diversos tipos de doces e sobremesas, bem como hábitos de compra e consumo. A pesquisa junto ao consumidor inclui as seguintes categorias:

  • Sorvetes/picolés

  • Chocolates (ex. barras, bombons)

  • Bolos e tortas doces

  • Sobremesas geladas, como mousses e pudins

  • Chicletes, pirulitos e balas

  • Sobremesas de padaria (ex. sonho, pão doce)

  • Doces de festa (ex. brigadeiro, beijinho)

  • Bebidas doces (ex. milkshakes, smoothies)

  • Cookies ou bolachas recheadas

  • Mistura para o preparo de sobremesas

  • Cremes de fruta (ex. creme de papaia, açaí)

COVID-19: contexto de mercado

Este relatório foi finalizado em 15 de fevereiro de 2020.

Diante de um cenário em que o número de casos de COVID-19 voltou a aumentar em diversos estados brasileiros, algumas medidas restritivas voltaram a ser adotadas em nível estadual e federal. No momento em que este Relatório é finalizado, as ordens de quarentena e restrições permanecem extremamente variadas em todo o país, dependendo da avaliação dos governos de cada estado brasileiros sobre a pandemia e os indicadores de saúde estaduais.

Em 4 de fevereiro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro declarou emergência nacional no Brasil. O primeiro caso de COVID-19 foi confirmado no Brasil em 26 de fevereiro de 2020. Em 11 de março a Organização Mundial da Saúde declarou a COVID-19 uma pandemia global de saúde, e, em 21 de março, São Paulo, a cidade com o maior número de casos confirmados, decretou quarentena.

Em todo o Brasil, os pedidos estaduais de quarentena foram realizados entre março e junho de 2020. Após esse período, negócios não essenciais como restaurantes, salões de beleza e shopping centers foram reabertos com restrições em diferentes estados. Também retornaram seu funcionamento, com restrições, áreas de lazer como parques e orlas marítimas. No estado de São Paulo, apesar da autorização de reabertura dada pelo governo estadual para instituições do ensino infantil ao superior, prefeituras têm autonomia para definir a volta às aulas. Na rede estadual, somente EJA e o ensino médio retomaram as aulas até agora.

No dia 2 de novembro o governo do estado de São Paulo anunciou o retorno à fase amarela, que não preconiza o fechamento de comércio ou das escolas estaduais, mas que restringe o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais e proíbe eventos em que o público fique de pé. Em 12 de novembro de 2020 foi publicada no Diário Oficial uma portaria que prorrogou por 30 dias a restrição da entrada no Brasil de estrangeiros de qualquer nacionalidade por rodovias, por outros meios terrestres ou por transporte aquaviário. Segue como obrigatoriedade, em diversas cidades e estados, o uso de máscaras faciais em ambientes externos e de grande circulação.

No dia 7 de dezembro, o governo do estado de São Paulo anunciou seu plano de vacinação gratuita contra a COVID-19 a partir de janeiro de 2021. O governo federal também já havia anunciado um plano de imunização sem uma data exata, mas com previsão de início entre março e junho de 2021. A imunização total da população ainda deve se estender ao longo de todo o ano de 2021. Apesar da divulgação desses planos, nenhuma vacina foi aprovada pela Anvisa, o órgão regulador brasileiro, até o momento em que esse Relatório foi finalizado. Entre o período de Natal e pós-ano novo, o estado de São Paulo voltou à fase vermelha, em que serviços não essenciais tiveram de permanecer fechados nos dias 25/12 a 27/12/20 e reabriram em 1, 2 e 3 de janeiro de 2021. Isso mostra que ainda é incerto como os estados e cidades poderão responder ao crescimento dos casos de COVID-19 e crescimento da ocupação dos leitos nos hospital até o momento em que haja a vacinação.

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