O que você precisa saber

As rotinas de beleza e cuidados pessoais dos brasileiros sofreram impactos importantes durante a pandemia de COVID-19, alterando as prioridades e comportamentos em relação a categorias conectadas a interações sociais, como perfumaria, maquiagem e esmaltes. Em geral, os brasileiros seguiram com rotinas mais minimalistas que devem acompanhá-los mesmo após o fim da pandemia. É esperado que em médio e longo prazos, os brasileiros priorizem a compra de produtos que ofereçam praticidade na rotina.

A pandemia elevou a priorização da saúde, tanto física quanto mental, e por isso os consumidores irão demandar produtos de beleza e cuidados pessoais com apelo relacionado à saudabilidade e à abordagem preventiva. Além disso, a pandemia aumentou o interesse dos brasileiros por tecnologias que ofereçam interações seguras e que possibilitem interações com marcas e produtos, tanto no varejo físico quanto digital. Não menos importante, o impacto financeiro gerado pela pandemia levará muitos consumidores, especialmente os mais afetados pelo desemprego, a comprar produtos acessíveis, mas que ao mesmo tempo emulem benefícios dos tratamentos de salões de beleza em casa.

Principais pontos deste Relatório

  • Impactos da COVID-19 nos hábitos do consumidor de produtos de beleza

  • Rotinas de beleza e cuidados pessoais dos brasileiros, considerando tipo de cabelo e pele, durante e após a pandemia de COVID-19

  • Atitudes de beleza relacionadas ao bem-estar, e oportunidades para que marcas explorem benefícios holísticos

  • Claims importantes em produtos de beleza e cuidados pessoais entre diferentes demografias

  • Indicadores de beleza limpa, considerando atributos relacionados à ética e à sustentabilidade

  • Interesse dos brasileiros por inovações tecnológicas no próximo normal

Definição

Este Relatório tem como objetivo analisar as rotinas de beleza dos brasileiros durante a pandemia de COVID-19, bem como prever seus impactos em médio e longo prazos, com foco no interesse dos consumidores por beleza limpa e atividades relacionadas ao bem-estar. Além disso, este Relatório investiga o interesse dos brasileiros por inovações na experimentação de produtos no próximo normal. Este Relatório inclui análise sobre as seguintes categorias de produtos:

  • Cuidados com o cabelo

  • Cuidados com a pele (incluindo corpo e rosto)

  • Maquiagem e esmaltes

  • Perfumes

COVID-19: contexto do mercado

Este Relatório foi finalizado em 05 de fevereiro de 2021. Diante do agravamento da pandemia, com aumento do número de casos e mortes em decorrência da COVID-19 por todo o país, algumas medidas restritivas voltaram a ser adotadas em nível estadual e federal. No momento em que este Relatório é finalizado, tais medidas permanecem extremamente variadas em todo o país, dependendo da avaliação dos governadores sobre a pandemia e os indicadores de saúde estaduais.

Em 04 de fevereiro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro declarou emergência nacional no Brasil. O primeiro caso de COVID-19 foi confirmado no Brasil em 26 de fevereiro de 2020. Em 11 de março a Organização Mundial da Saúde declarou a COVID-19 uma pandemia global de saúde, e, em 21 de março, São Paulo, a cidade com o maior número de casos confirmados, decretou quarentena. Em todo o Brasil, os pedidos estaduais de quarentena foram realizados entre março e junho de 2020. Em 12 de novembro de 2020 foi publicada no Diário Oficial uma portaria que prorrogou por 30 dias a restrição da entrada no Brasil de estrangeiros de qualquer nacionalidade por rodovias, por outros meios terrestres ou por transporte aquaviário, após o início da segunda onda da pandemia no Brasil. Até a publicação deste Relatório, segue como obrigatoriedade, em diversas cidades e estados, o uso de máscaras faciais em ambientes externos e de grande circulação. No dia 14 de janeiro a prefeitura de São Paulo liberou o retorno das aulas presenciais na rede privada a partir de 1º de fevereiro, com funcionamento até 35% da capacidade. Na rede municipal, o retorno às aulas ocorrerá no dia 15 de fevereiro.

Após as festividades de fim de ano, alguns estados reportaram aumento significativo no número de infectados. A região Norte do país foi a que mais sofreu neste período, com o colapso do sistema público e privado de saúde amazonense. No dia 17 de janeiro a ANVISA aprovou em caráter emergencial as vacinas CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantã em parceria com o laboratório SinoVac, e de Oxford, produzida pela Fiocruz em parceria com o laboratório AstraZeneca. A imunização iniciou pelos profissionais de saúde que atuam na linha de frente, indígenas aldeados, comunidades quilombolas, idosos e deficientes asilados. Após a primeira fase de vacinação, no dia 05 de fevereiro, foi iniciada a campanha de imunização de idosos com mais de 90 anos. Até a data de publicação deste Relatório o Brasil totaliza mais de 3 milhões de vacinados, o que corresponde a 1,4% da população brasileira.

Apesar do início da campanha de imunização, a média móvel de número de casos e mortes por COVID-19 permanece alta por todo o país, e muitos estados retomaram medidas mais restritivas, incluindo os estados do Amazonas e Pará, que decretaram lockdown, a partir de 23/01 e 31/01 respectivamente, com fechamento total de negócios não-essenciais e toque de recolher. Neste contexto, diversos estados decidiram cancelar o Carnaval, que seria comemorado no dia 17 de fevereiro, com pontos facultativos entre os dias 15 e 16 de fevereiro. Em outros estados, as medidas seguem extremamente variadas, de acordo com indicadores de saúde fornecidos pelas Secretarias Estaduais de Saúde. Em São Paulo, no dia 05 de fevereiro, o governador João Doria anunciou o avanço de alguns municípios, incluindo a capital, para a fase amarela, após queda no número de internações e ocupação em UTI’s nos sistema público e privado de saúde.

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